Automedicação - esse "bem" pode levar a um mal

Quem nunca viu alguém, nem que seja um desconhecido, dizendo: "Fulano, toma esse remédio aqui porque ele é milagroso! Cura tudo, até reumatismo!"; ou algém se queixando e concluindo o seguinte: "Ai! Estou com dor nas costas, vou tomar aquele remédio que o médico passou da outra vez!" (Sendo que a outra vez ocorreu a seis meses atrás. E a dor não era nas costas, mas no joelho!); ou ainda isso: "Não vou ao médico! Vou tomar aquele remédio que a filha da cunhada da vizinha disse que era bom!"

Bem, não é raro escutarmos essas palavras no nosso dia-a-dia. Isso é proveninete da cultura que se instaurou na nossa terrinha amada e idolatrada, desde quanda as farmácias ainda eram boticas. E, essa cultura, ao invés de se extinguir, evoluiu juntamente com a medicina e a industria farmaceutica. E hoje, pasmem, mata milhares de pessoas e leva tantas outras para emergências de hospitais, na maioria das vezes, públicos, contribuindo para a sua superlotação.

Atualmente no Brasil, a automedicação é um problema de saúde pública e deve ser tratada com a devida importância, já que cerca de 80 milhões de brasileiros são adeptos dessa prática.

É bom tem em mente, que a automedicação pode trazer várias consequências, como: Mascaramento de doenças ditas evolutivas, como câncer; Intoxicação, alergias ( que quando mais graves, evoluem para choque anafilático e até a morte); Problemas gastroinstestinais, hepáticos, renais por uso excessivo e/ou indevido; interações com outros medicamentos que a pessoa possa estar fazendo uso.

Enfim, a automedicação tem que ser evitada. Não digo que as pessoas adeptas a essa prática a fazem por mal! Pelo contrário, elas fazem-na visando o bem! Mas, o que tem que se entender, é que esse "bem" pode levar a um mal muito pior e, por isso, deve ser evitado.

O caminho pra a melhora desse problema de saúde pública é longo e árduo, mas não é impossível. os governantes têm que fazer a sua parte mas nós temos que cooperar também. Por isso, sejamos, desde já e sempre, militantes dessa causa. Vamos lutar contra a cultura da automedicação. Faça a sua parte! Conscientize sua família, amigos... E se, a partir de hoje, uma pessoa que esteja doente perguntar se você tem algo para indicar para ela melhorar, você responde: "Tenho sim, um MÉDICO!"

Referências: Vanessa Xavier, estudante de Farmácia pela UFPE.